Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (27) indica que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem entre os mais pobres, enquanto Jair Bolsonaro (PL) fez o mesmo nas faixas de renda acima a três dias das eleições.
Na última semana, a distância do petista para o atual mandatário cresceu de 20 para 28 pontos percentuais entre os eleitores com renda familiar mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.424), variação acima da margem de erro de dois pontos, para mais ou para menos.
O petista subiu de 57% para 61% das intenções de voto desse segmento, enquanto o presidente caiu de 37% para 33% em relação ao levantamento anterior. Os que pretendem votar em branco ou anular são 4% e os indecisos, 3%.
Bolsonaro, porém, lidera em todas as outras faixas de renda. Entre os que recebem de dois a cinco salários, houve uma oscilação favorável ao mandatário: ele passou de 53% para 54%, e o rival foi de 41% para 40%, considerando uma margem de dois pontos.
O maior distanciamento ocorreu na faixa acima, que ganha de cinco a dez salários mínimos. A vantagem do atual presidente nesse grupo cresceu de 13 para 28 pontos percentuais, fora da margem de erro, que é de cinco pontos.
Entre os mais ricos, que recebem acima de dez salários, a distância foi de 14 para 23 pontos. A variação, porém, ficou dentro da margem de oito pontos.
Abaixo, veja o desempenho dos rivais por renda nas respostas estimuladas. No Brasil, 48% do eleitorado ganha até dois salários mínimos; 36%, de dois a cinco; 10%, de cinco a dez; e 4% recebem acima disso, segundo o Datafolha.
O levantamento, que ouviu 4.580 pessoas em 252 municípios entre esta terça (25) e esta quinta, foi encomendado pela Folha e pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-04208/2022.
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.
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